"Muitas pessoas têm uma idéia errada sobre o que constitui a verdadeira felicidade. Ela não é alcançada por meio de gratificação pessoal, mas através da fidelidade a um objetivo que valha a pena." Hellen keller
Uma vez minha mãe, sábia mulher, me disse: " Rute, você tem um universo em você".
Eu era criança, mas as palavras não saíram mais de mim. Cada vez, ganham mais vida, mais razão.
Vivo em um corpo limitado, que cansa, que precisa alimentar-se. Preciso me vestir, usar roupas, ousar em minha vaidade, posso estar ferida no corpo, operar de uma doença... mas, meu espírito está lá, minhas idéias, meus sonhos, e o infinito interesse no saber.
Tudo lá... Pronto pra explodir, transformar.
Posso morrer com todas as idéias, sonhos, ideais e projetos. Posso colocá-los todos a 7 palmos da terra, ou posso optar por transformar o mundo, inspirar pessoas, melhorar a vida de nosso povo.
Todos os grandes feitos vieram dos visionários, dos loucos, dos ditos "doentes'... Santos Dummond, Henry Ford, Thomas A. Edison, Theodore Roosevelt, Juscelino, Bethoveen, Hellen Keller; Charles Dickens; são inúmeros casos de sonhos loucos, que mudaram para sempre a vida da humanidade.
...........
Meu universo acredita em crianças fora dos chãos gelados das ruas..
Meu universo se inspira em fé, esperança e atitude.
Meu universo não vai comigo pro meu enterro.
O invertor do relógio deixou-o em nossos pulsos, o da eletricidade morreu, mas há luz em nossas casas, Brasília continua linda e em pé, temos cura para tuberculose, pneumonia...
Há cura para essa desgraça social, há representantes de bem, que também não aguentam tanta calamidade com nossas crianças.
Sou visionária da educação, acredito em uma vida digna para nossos pequenos, que não tem culpa de nascerem na miséria.
Sonho com um lugar, um complexo repleto de verde, extenso, com muitas arvores e flores, jardins...
Sonho com uma área esportiva, campo de futebol, bonito, gramado... volei, basquete... sonho com piscinas azuis, grandes, pequenas, com tranpolins... Sonho com sala de jogos... totó, sinuca, pingue-pongue.
Sonho com quartos amplos, camas gostosas, lençóis limpos, edredons fofinhos...
Sonho com café da manhã com pão e queijo, leite com nescau, maçã e mamão.
Sonho com almoço e janta, com arroz, feijão, carne, frango, purê de batatas, alface com tomate com azeite e vinagre.
Sonho com professores determinados, professores sonhadores, professores corajosos,
sonho com psicológos do bem, assistentes sociais crédulos, médicos especializados.
sonho com bons neurologistas, enfermeiros pacientes...
Sonho com justos gestores, assessores fiéis, equipe especializada.
Neste sonho, vejo crianças estudando pela manhã, almoçando com apetite, saudáveis.
Estas crianças correm pela área verde, aprendem jardinagem, enchem as mãos na terra.
Elas fazem esculturas, aprendem a modelar o barro, pintam telas
dançam balet, hip hop, samba e funk.
Elas lutam capoeira, se divertem no judô,
e dão um show na piscina
aprendem marcenaria, ,fazem brinquedos com madeira
aprendem mecânica de carro e a consertar aparelhos eletrônicos
a tardinha, um filme no cinema da sala em anexo...
Hora da janta.
Cansaço gostoso
Dia produtivo
olhar risonho nas estrelas...
...Tem um futuro aguardando logo ali. Um emprego, família, dignidade.
.......................................
È uma visão, minha visão, meu sonho, meu universo.
...................................
viajamos pelo ar, pelo mar, por debaixo da terra.
vemos ao vivo o que acontece no japão e falamos com o outro lado do mundo ao telefone como se estivéssemos lado a lado.
Estamos conectados ao mundo 24hs
Transplantamos corações
visitamos a lua, marte...
.................................
Acredito que as crianças de rua serão olhadas por representantes orientados por Deus, e isso se transformará em história e em exemplo para todas as nações.
Amém.
sábado, 31 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
um pouco da minha história ... flashes.
Minha vida mudou muito desde que passei pro concurso de professora em 2001. Passei a conhecer comunidades e suas culturas.
A primeira escola municipal que trabalhei foi em Santa Cruz, no Miécimo. Era longe, pois na época morava no Rocha. Acordava as 4h., pegava onibus as 4:30, o trem as 5:00, e depois de 36 estações, pegava a combe pro Miécimo. Eu era nova, e ficava assustada.As vezes, tinha dia que entrava só no vagão.
Bom era quando chegava na escola e vinham as crianças, elas eram muito doces, e me tratavam com carinho especial.
Depois de fazer dupla regência a tarde, numa outra escola, ía embora.
Chegava em casa às 19hs.
Depois fui para o Complexo do Alemão, para a linda Escola Professor Affonso Varzea. Lá fiquei 3 anos, cumpri meu estágio probatório, e conheci pessoas maravilhosas que são amigas do coração até hoje.
Lá também vi o outro lado, vi famílias desesperadas buscando seus filhos em meio ao tiro, vi polícia fechar a rua, e a imagem era de guerra. Vi o blindado, apelidado caveirão, na porta da escola, muitas e muitas vezes, vi morto em frente ao portão da escola.
Trabalhei em Nova Brasília, também no Complexo do Alemão, na Casa da Criança Guadalajara I, a melhor escola que trabalhei pois foi lá que mais aprendi o que verdadeiramente é ser um professor. Agradeço a diretora Regina e sua coordenadora Ana Paula, por ter me ajudado a crescer enquanto profissional, me ensinado tanto... Lá também, foi onde mais vi a guerra no morro, era quase semanal, as vezes diariamente nos abaixavamos com os pequenos de 4 e 5 anos, e tentavamos livrar nossos corpos dos tiros. O medo era paupável.
Contudo amei aquela escola, suas crianças e seus funcionários. O melhor que há em mim de profissional aprendi lá.
Trabalhei também no Jacaré, no Ciep Willy Brandt com Educação Especial. Trabalhar com aquelas crianças por 2 anos mexeu com minha formação. Vi o que era força de vontade, amor, paciência. Lá recebi os melhores abraços da minha vida, e os que mais marcaram foi da pequena Raíssa, menina de 10 anos que tinha hidrocefalia e tinha feito 29 cirurgias no cérebro. Ela me abraçava e dizia "tia, a vida não é boa?, te amo tia." - lembrar emociona.
Trabalhei no Tuiuti como diretora de Creche, o maior desafio que tive e me marcou. E agora sou gestora em uma creche no Caju.
E no caju...
... há duas semanas, vi um movimento diferente próximo a Creche. É claro que lá tem vários "movimentos", mas eu não via, e esse era NOVO. Nesse ponto , quem vende são adolescentes com cara de criança e ginga de homem mau. Tem criança lá. Cada dia que olho de "rabo de olho" tem mais gente,. Não sei se comprando ou se vendendo.
O fato de eu não encarar é medo, mas na verdade os vejo, e não quero alienar, fingindo que não estão.
Eu sei que não posso fazer nada ali, que não posso me meter, é tipo "mãos atadas", naquele instante.
Me incomoda.
Maltrata e dói.
São crianças, meninos jovens que exaltam a maldade e a violência.
Lembro agora do documentário do filme 174, do Sandro. Ele não tinha como ser diferente, diante de tanta marginalização.
Tem muito sandro por aí... Estremeço que possa ser um desses que esbarra em mim todo dia quando vou e volto do trabalho.
Por que será que nossos representantes não vêem isso? Por que é que eles não se importam?
Criança na rua, cheirando cola, fumando crack, em todos os lugares ... CADÊ NOSSOS REPRESENTANTES QUE COLOCAMOS PARA DEFENDER NOSSAS CRIANÇAS? NÓS OS COLOCAMOS LÁ, COM NOSSA PRÓPRIA MÃO NO MOMENTO DA URNA.
Tenho compaixão. Eles são vítimas.
Ruíns, são aqueles que desviam o dinheiro da Educação, da Saúde. Deus há de cobrar cada centavo, não tenho dúvida.
São crianças sem pais, com fome, com sede, dormindo no chão frio, sendo violentadas, prostituídas, mortas. crianças, apenas crianças...
Não posso fechar os olhos, ninguem pode.
Precisamos escolher melhor quem nos representa no poder. Damos a eles plenos poderes sobre nossas crianças, filhos, mães, avós...
Precisamos nos envolver SIM politicamente, entender o que se passa, cobrar promessas, mostrar pras autoridades que o tempo da ignorância passou.
Não era para eu escrever tanto assim...
Estou indignada, minha vontade é gritar: 'FAZ ALGUMA COISA PELO AMOR DE DEUS!"
Não podemos nos esconder pra sempre.
A primeira escola municipal que trabalhei foi em Santa Cruz, no Miécimo. Era longe, pois na época morava no Rocha. Acordava as 4h., pegava onibus as 4:30, o trem as 5:00, e depois de 36 estações, pegava a combe pro Miécimo. Eu era nova, e ficava assustada.As vezes, tinha dia que entrava só no vagão.
Bom era quando chegava na escola e vinham as crianças, elas eram muito doces, e me tratavam com carinho especial.
Depois de fazer dupla regência a tarde, numa outra escola, ía embora.
Chegava em casa às 19hs.
Depois fui para o Complexo do Alemão, para a linda Escola Professor Affonso Varzea. Lá fiquei 3 anos, cumpri meu estágio probatório, e conheci pessoas maravilhosas que são amigas do coração até hoje.
Lá também vi o outro lado, vi famílias desesperadas buscando seus filhos em meio ao tiro, vi polícia fechar a rua, e a imagem era de guerra. Vi o blindado, apelidado caveirão, na porta da escola, muitas e muitas vezes, vi morto em frente ao portão da escola.
Trabalhei em Nova Brasília, também no Complexo do Alemão, na Casa da Criança Guadalajara I, a melhor escola que trabalhei pois foi lá que mais aprendi o que verdadeiramente é ser um professor. Agradeço a diretora Regina e sua coordenadora Ana Paula, por ter me ajudado a crescer enquanto profissional, me ensinado tanto... Lá também, foi onde mais vi a guerra no morro, era quase semanal, as vezes diariamente nos abaixavamos com os pequenos de 4 e 5 anos, e tentavamos livrar nossos corpos dos tiros. O medo era paupável.
Contudo amei aquela escola, suas crianças e seus funcionários. O melhor que há em mim de profissional aprendi lá.
Trabalhei também no Jacaré, no Ciep Willy Brandt com Educação Especial. Trabalhar com aquelas crianças por 2 anos mexeu com minha formação. Vi o que era força de vontade, amor, paciência. Lá recebi os melhores abraços da minha vida, e os que mais marcaram foi da pequena Raíssa, menina de 10 anos que tinha hidrocefalia e tinha feito 29 cirurgias no cérebro. Ela me abraçava e dizia "tia, a vida não é boa?, te amo tia." - lembrar emociona.
Trabalhei no Tuiuti como diretora de Creche, o maior desafio que tive e me marcou. E agora sou gestora em uma creche no Caju.
E no caju...
... há duas semanas, vi um movimento diferente próximo a Creche. É claro que lá tem vários "movimentos", mas eu não via, e esse era NOVO. Nesse ponto , quem vende são adolescentes com cara de criança e ginga de homem mau. Tem criança lá. Cada dia que olho de "rabo de olho" tem mais gente,. Não sei se comprando ou se vendendo.
O fato de eu não encarar é medo, mas na verdade os vejo, e não quero alienar, fingindo que não estão.
Eu sei que não posso fazer nada ali, que não posso me meter, é tipo "mãos atadas", naquele instante.
Me incomoda.
Maltrata e dói.
São crianças, meninos jovens que exaltam a maldade e a violência.
Lembro agora do documentário do filme 174, do Sandro. Ele não tinha como ser diferente, diante de tanta marginalização.
Tem muito sandro por aí... Estremeço que possa ser um desses que esbarra em mim todo dia quando vou e volto do trabalho.
Por que será que nossos representantes não vêem isso? Por que é que eles não se importam?
Criança na rua, cheirando cola, fumando crack, em todos os lugares ... CADÊ NOSSOS REPRESENTANTES QUE COLOCAMOS PARA DEFENDER NOSSAS CRIANÇAS? NÓS OS COLOCAMOS LÁ, COM NOSSA PRÓPRIA MÃO NO MOMENTO DA URNA.
Tenho compaixão. Eles são vítimas.
Ruíns, são aqueles que desviam o dinheiro da Educação, da Saúde. Deus há de cobrar cada centavo, não tenho dúvida.
São crianças sem pais, com fome, com sede, dormindo no chão frio, sendo violentadas, prostituídas, mortas. crianças, apenas crianças...
Não posso fechar os olhos, ninguem pode.
Precisamos escolher melhor quem nos representa no poder. Damos a eles plenos poderes sobre nossas crianças, filhos, mães, avós...
Precisamos nos envolver SIM politicamente, entender o que se passa, cobrar promessas, mostrar pras autoridades que o tempo da ignorância passou.
Não era para eu escrever tanto assim...
Estou indignada, minha vontade é gritar: 'FAZ ALGUMA COISA PELO AMOR DE DEUS!"
Não podemos nos esconder pra sempre.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
CAFÉ DA MANHÃ
Antes de ir ao trabalho, parei numa padaria no Méier, para tomar meu café.
Pedi chocolate quente, e um misto de francês com queijo minas.
Gosto de ver o jornal da manhã, sempre que posso, e a TV da padaria estava ligada no RJTV.
Assim que comecei a comer, surgiu um rapaz morador de rua, muito sujo, cabelos grandes, pele com sujeira de meses, roupa esgaçada e mal cheirosa.
- Me paga um café com pão aí, tia.
Respirei, tentei pensar rápido, e não quis abrir a bolsa na frente dele.
_ Moça, serve a ele que vou pagar.
Ele se sentou ao meu lado. Segundos depois o dono da padaria apareceu e perguntou "o que tava pegando"
_ A tia vai pagar meu café.
_ Não precisa-disse o dono- eu te dou seu pão com café, só não quero que você aborde meus clientes.
_ Então eu quero "dois pão" que a tia vai me dar um e você outro.
Confesso que naquela hora quase ri, achei engraçado, mas estava nervosa de como a história acabaria.
- Ah- reclamou o garoto,- todo dia eu peço pra ele, ele não dá pra eu, me manda embora, ué.
A moça trouxe o pão em embalagem pra viagem, e o café no copo descartável. Ele pegou um canudinho assoprou e jogou no chão. Depois pegou outro colocou no copo e chupou o café e seu rosto expressou imenso prazer. Em seguida, com as mãos sujas pegou no porta guardanapo, um, dois, uns dez guardanapos, segurou o pão com o papel que pegou e saiu.
O fato dele pegar o papel pra segurar o pão, e não sujar o pão significou alguma coisa, ele queria ser diferente... Eu acho...
Depois ele foi para tras de mim. Eu o estava vendo pelo espelho, mas os demais não sabiam que eu acompanhava o garoto e ficaram fazendo mímicas que ele estava atras de mim, pra eu sair. Eu não saí, tive a impressão que ele estava se protegendo.
É claro que tive medo, o medo parece até uma sombra, tá sempre seguindo... Mas o fato é que pensei em todas as injustiças que ele já devia ter vivido.
Conheço a teoria sobre não dar dinheiro, e etc, mas ele me pediu pão e café. Não seria ele meu próximo, a quem, segundo os ensinamentos cristãos, devemos ajudar? Quem pode julgar o certo e o errado nesta questão? É polêmico...
Fico pensando ...Onde estará esse garoto, agora? Dormindo, drogado, com fome, matando?
Eu não vou matar a fome do mundo? Sei disso.
Mas de repente me vem àquela história que fala que se cada um fizer sua parte...
Não sou dona da verdade.
Quero um país mais justo, e digno.
Não quero me alienar, e fingir que não estou vendo.
Escrever aqui é mais um desabafo.
Pedi chocolate quente, e um misto de francês com queijo minas.
Gosto de ver o jornal da manhã, sempre que posso, e a TV da padaria estava ligada no RJTV.
Assim que comecei a comer, surgiu um rapaz morador de rua, muito sujo, cabelos grandes, pele com sujeira de meses, roupa esgaçada e mal cheirosa.
- Me paga um café com pão aí, tia.
Respirei, tentei pensar rápido, e não quis abrir a bolsa na frente dele.
_ Moça, serve a ele que vou pagar.
Ele se sentou ao meu lado. Segundos depois o dono da padaria apareceu e perguntou "o que tava pegando"
_ A tia vai pagar meu café.
_ Não precisa-disse o dono- eu te dou seu pão com café, só não quero que você aborde meus clientes.
_ Então eu quero "dois pão" que a tia vai me dar um e você outro.
Confesso que naquela hora quase ri, achei engraçado, mas estava nervosa de como a história acabaria.
- Ah- reclamou o garoto,- todo dia eu peço pra ele, ele não dá pra eu, me manda embora, ué.
A moça trouxe o pão em embalagem pra viagem, e o café no copo descartável. Ele pegou um canudinho assoprou e jogou no chão. Depois pegou outro colocou no copo e chupou o café e seu rosto expressou imenso prazer. Em seguida, com as mãos sujas pegou no porta guardanapo, um, dois, uns dez guardanapos, segurou o pão com o papel que pegou e saiu.
O fato dele pegar o papel pra segurar o pão, e não sujar o pão significou alguma coisa, ele queria ser diferente... Eu acho...
Depois ele foi para tras de mim. Eu o estava vendo pelo espelho, mas os demais não sabiam que eu acompanhava o garoto e ficaram fazendo mímicas que ele estava atras de mim, pra eu sair. Eu não saí, tive a impressão que ele estava se protegendo.
É claro que tive medo, o medo parece até uma sombra, tá sempre seguindo... Mas o fato é que pensei em todas as injustiças que ele já devia ter vivido.
Conheço a teoria sobre não dar dinheiro, e etc, mas ele me pediu pão e café. Não seria ele meu próximo, a quem, segundo os ensinamentos cristãos, devemos ajudar? Quem pode julgar o certo e o errado nesta questão? É polêmico...
Fico pensando ...Onde estará esse garoto, agora? Dormindo, drogado, com fome, matando?
Eu não vou matar a fome do mundo? Sei disso.
Mas de repente me vem àquela história que fala que se cada um fizer sua parte...
Não sou dona da verdade.
Quero um país mais justo, e digno.
Não quero me alienar, e fingir que não estou vendo.
Escrever aqui é mais um desabafo.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Que orgulho diretoras, que orgulho!
As diretoras de Creche da Coordenadoria a qual pertenço, estão participando de um Curso com a Professora Maria Lùcia, na Sede de nossa CRE. Os encontros tem sido muito proveitosos, pois compartilhamos nossas experiências e angústias. Mas escrevo especialmente pelo encontro desta terça-feira, 20 de outubro.
A palestrante Maria Lucia pediu que levássemos fotos de nossas creches para o encontro de hoje, assim, fizemos um belo painel, que ocupou uma parede inteira. Depois, cada uma de nós falou sobre as imagens expostas. Foi gratificante olhar os registros belos e significantes de nossas companheiras. Um trabalho merecedor reportagem. Ali estavam expostos trabalhos de servidores públicos que executam seu dever com dignidade. É sem dúvida um exemplo pra toda a nação.
Fiquei orgulhosa de fazer parte de um grupo de diretoras de creche, que se envolvem com resposabilidade e empenho. Somos sem dúvida professoras que mudam o Brasil e transformam o mundo em lugar melhor de se viver.
A palestrante Maria Lucia pediu que levássemos fotos de nossas creches para o encontro de hoje, assim, fizemos um belo painel, que ocupou uma parede inteira. Depois, cada uma de nós falou sobre as imagens expostas. Foi gratificante olhar os registros belos e significantes de nossas companheiras. Um trabalho merecedor reportagem. Ali estavam expostos trabalhos de servidores públicos que executam seu dever com dignidade. É sem dúvida um exemplo pra toda a nação.
Fiquei orgulhosa de fazer parte de um grupo de diretoras de creche, que se envolvem com resposabilidade e empenho. Somos sem dúvida professoras que mudam o Brasil e transformam o mundo em lugar melhor de se viver.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Rio de Janeiro ... Por uma professora carioca
Não dá pra fingir que não aconteceu tamanha violência no último dia 17 de outubro.
Eu estava em Saquarema, e logo de manhã ao ligar a TV do hotel, vi o helicoptero abatido, depois onibus queimados.
Moro bem perto de tudo que aconteceu, pensei imediatamente na minha mãe e na diretora adjunta da creche que trabalho, pois ela mora mais perto ainda. Liguei pra minha mãe, ela não sabia, estava no hospital com o esposo. "Mãe, fica aí, que é melhor!", e quando liguei para Ana, adjunta, ela estava horrorizada e pelo telefone pude ouvi as ensurdecedoras sirenes dos carros da polícia. "sai daí com teus filhos, não fica aí."
Não acostumo.
Meu filho tem 11 anos, fico receosa, pra ser sincera, as vezes me apavoro ao imaginar que daqui a pouco ele pedirá para passear com seus colegas.
Dá pra ter paz tendo seu filho nas ruas de uma cidade que num só dia, queima-se 10 onibus, abate-se um helicoptero e balas se perdem e se acham em todo lugar?
Amo meu Rio sim, suas praias, paisagens e o melhor, sua gente.
carioca é pessoa da melhor qualidade, é risonho, bem humorado, trabalhador SIM, e que merece mais segurança.
Então , ontem, no meu retorno a minha bela cidade, na rodoviária vi nas pessoas semblantes assustados e do outro lado menores preparando suas camas no chão. E enquanto relutava com o taxista que não havia problema ele me levar para meu bairro, e enquanto ele mostrava o jornal O Globlo e alterado dizia" Olha aqui, olha aqui!" eu pensava no problema causador disto tudo: Educação.
Será que só alguns poucos conseguem perceber isso?
Crianças nas ruas, muitas, muitas.
Crianças e adolescentes fora da escola.
Se Educação não é prioridade o que é então?
Será que nossos representantes não percebem que hora dessas, eles mesmos podem ser as vítimas desta falta de Educação?
Quando um helicoptero da PM, blindado e com profissionais especializados, é abatido por bandidos, podemos medir que tipo de segurança temos, e então um carro blindado e segurança armado podem não ser barreiras para a violência.
Caros representantes, cuidem de nossos pequenos, pois logo não serão crianças, e colheremos todos essa péssima semeadura.
Não há outra saída, senão Educação, investimento sério e responsável, planejamento inteligente, trabalho árduo.
Educação imediata, bons salários aos professores, qualidade de ensino.
Não me digam que há investimento sério, quando eu ao trabalhar vejo todo santo dia, dezenas de crianças de rua num percurso de Cachambi ao Caju. Se isso é considerado investimento...
Não seria melhor e mais inteligente investir em Educação que construir prisões de máxima segurança?
Não é melhor investir em Educação que ir ao cemitério enterrar um filho vítima da violência urbana.
Todos estamos vulneráveis.
Todos.
Ainda tem jeito.
Sou professora, sou mãe, moro na Zona Norte do Rio, moro no Cachambi, trabalho no Caju.
E eu, como todos os cariocas estou com medo.
Estou fazendo minha parte, quando eu e minha equipe fazemos um trabalho qualificado, garatindo aos nossos pequeninos o direito que possuem com o melhor que uma instituição pública pode dar. Ainda assim, sabemos que precisamos melhorar.
Precisamos de um Rio, não apenas famoso por sua exuberante beleza. Precisamos de um Rio de Paz.
Eu estava em Saquarema, e logo de manhã ao ligar a TV do hotel, vi o helicoptero abatido, depois onibus queimados.
Moro bem perto de tudo que aconteceu, pensei imediatamente na minha mãe e na diretora adjunta da creche que trabalho, pois ela mora mais perto ainda. Liguei pra minha mãe, ela não sabia, estava no hospital com o esposo. "Mãe, fica aí, que é melhor!", e quando liguei para Ana, adjunta, ela estava horrorizada e pelo telefone pude ouvi as ensurdecedoras sirenes dos carros da polícia. "sai daí com teus filhos, não fica aí."
Não acostumo.
Meu filho tem 11 anos, fico receosa, pra ser sincera, as vezes me apavoro ao imaginar que daqui a pouco ele pedirá para passear com seus colegas.
Dá pra ter paz tendo seu filho nas ruas de uma cidade que num só dia, queima-se 10 onibus, abate-se um helicoptero e balas se perdem e se acham em todo lugar?
Amo meu Rio sim, suas praias, paisagens e o melhor, sua gente.
carioca é pessoa da melhor qualidade, é risonho, bem humorado, trabalhador SIM, e que merece mais segurança.
Então , ontem, no meu retorno a minha bela cidade, na rodoviária vi nas pessoas semblantes assustados e do outro lado menores preparando suas camas no chão. E enquanto relutava com o taxista que não havia problema ele me levar para meu bairro, e enquanto ele mostrava o jornal O Globlo e alterado dizia" Olha aqui, olha aqui!" eu pensava no problema causador disto tudo: Educação.
Será que só alguns poucos conseguem perceber isso?
Crianças nas ruas, muitas, muitas.
Crianças e adolescentes fora da escola.
Se Educação não é prioridade o que é então?
Será que nossos representantes não percebem que hora dessas, eles mesmos podem ser as vítimas desta falta de Educação?
Quando um helicoptero da PM, blindado e com profissionais especializados, é abatido por bandidos, podemos medir que tipo de segurança temos, e então um carro blindado e segurança armado podem não ser barreiras para a violência.
Caros representantes, cuidem de nossos pequenos, pois logo não serão crianças, e colheremos todos essa péssima semeadura.
Não há outra saída, senão Educação, investimento sério e responsável, planejamento inteligente, trabalho árduo.
Educação imediata, bons salários aos professores, qualidade de ensino.
Não me digam que há investimento sério, quando eu ao trabalhar vejo todo santo dia, dezenas de crianças de rua num percurso de Cachambi ao Caju. Se isso é considerado investimento...
Não seria melhor e mais inteligente investir em Educação que construir prisões de máxima segurança?
Não é melhor investir em Educação que ir ao cemitério enterrar um filho vítima da violência urbana.
Todos estamos vulneráveis.
Todos.
Ainda tem jeito.
Sou professora, sou mãe, moro na Zona Norte do Rio, moro no Cachambi, trabalho no Caju.
E eu, como todos os cariocas estou com medo.
Estou fazendo minha parte, quando eu e minha equipe fazemos um trabalho qualificado, garatindo aos nossos pequeninos o direito que possuem com o melhor que uma instituição pública pode dar. Ainda assim, sabemos que precisamos melhorar.
Precisamos de um Rio, não apenas famoso por sua exuberante beleza. Precisamos de um Rio de Paz.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Querido aluno
Semana passada, estava na Creche quando a merendeira me chamou com urgência. Pensei ter acontecido algum problema na entrega dos gêneros alimentícios, visto que os entregadores estavam verificando com ela a merenda.
_ Esse rapaz diz que te conhece, que foi teu aluno.
Quando olhei estava diante de mim um belo rapaz, forte, sorrindo.
_ Oi professora.
Confesso que fiquei surpresa e que uma alegria recompensadora me invandiu.
Este rapaz foi meu aluno no meu primeiro ano do município, da Escola Municipal Olavo Josivo de Sales, em Inhaúma, de crianças oriundas das comunidades do Complexo do Alemão.
Na hora tudo veio a tona: Foi uma turma de quarta-série com mais de 40 crianças. Foi a turma mais difícil que peguei, pois eles tinham dificuldades reais na vida, na escola...No entanto, eu os defendia até debaixo d'água!
Relembrei passagens, as vezes que entrava no meio das brigas dos garotos. Por mais estranho que possa parecer, foi um tempo bom ,de aprendizagem pra mim!
Perguntei pra ele dos outros colegas, se estavam bem. Ouvi boas histórias e outras nem tão boas...
- Todos lembram de você, professora - Foi o que ele disse.
Eu tive orgulho de ver aquele menino grande, trabalhando. Ele não havia entrada para caminhos ruíns, como tantos poderiam achar que era o previsto e inevitável.
Nesses momentos, olhando para o passado, de minha voz rouca de tanta falar em sala de aula, de correria para dar aula na Affonso Várzea de manhã, na Josino a tarde, aula particular a noite em casa... Apesar, tudo valeu a pena. Valeu ter contribuído para marcar vidas de forma positiva. De ter ensinado (que responsabilidade!) e principalmente de os ter amado, e deles terem consciência do meu amor.
Nosso abraço foi inevitável.
Quem passou pela cozinha e viu a diretora abraçando tão comovidamente aquele rapaz não entendeu direito. Mas nós dois sabíamos que em um dado momento, nossas vidas haviam se cruzado, e que por isto a história havia sido feita. Boa história, graças a Deus.
_ Esse rapaz diz que te conhece, que foi teu aluno.
Quando olhei estava diante de mim um belo rapaz, forte, sorrindo.
_ Oi professora.
Confesso que fiquei surpresa e que uma alegria recompensadora me invandiu.
Este rapaz foi meu aluno no meu primeiro ano do município, da Escola Municipal Olavo Josivo de Sales, em Inhaúma, de crianças oriundas das comunidades do Complexo do Alemão.
Na hora tudo veio a tona: Foi uma turma de quarta-série com mais de 40 crianças. Foi a turma mais difícil que peguei, pois eles tinham dificuldades reais na vida, na escola...No entanto, eu os defendia até debaixo d'água!
Relembrei passagens, as vezes que entrava no meio das brigas dos garotos. Por mais estranho que possa parecer, foi um tempo bom ,de aprendizagem pra mim!
Perguntei pra ele dos outros colegas, se estavam bem. Ouvi boas histórias e outras nem tão boas...
- Todos lembram de você, professora - Foi o que ele disse.
Eu tive orgulho de ver aquele menino grande, trabalhando. Ele não havia entrada para caminhos ruíns, como tantos poderiam achar que era o previsto e inevitável.
Nesses momentos, olhando para o passado, de minha voz rouca de tanta falar em sala de aula, de correria para dar aula na Affonso Várzea de manhã, na Josino a tarde, aula particular a noite em casa... Apesar, tudo valeu a pena. Valeu ter contribuído para marcar vidas de forma positiva. De ter ensinado (que responsabilidade!) e principalmente de os ter amado, e deles terem consciência do meu amor.
Nosso abraço foi inevitável.
Quem passou pela cozinha e viu a diretora abraçando tão comovidamente aquele rapaz não entendeu direito. Mas nós dois sabíamos que em um dado momento, nossas vidas haviam se cruzado, e que por isto a história havia sido feita. Boa história, graças a Deus.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Dia do mestre
Hoje é dia do mestre. Nós que estamos nas escolas todos os dias, sabemos bem o significado deste dia.
Lidamos com a vida, com o ensino, tocamos o futuro com a ponta dos dedos. Entregamos o bem, desafiamos a indignidade, enfrentamos as incertezas, brigamos com a desistência. Somos fadas, salvadoras, eternas gigantes do bem. Saciamos a sede do saber, olhamos além.
Tenho orgulho de dizer SOU PROFESSORA, ADORO SER PROFESSORA, É BOM DEMAIS ENSINAR!
Não me fale hoje dos salários, da violência, do mal.
Deixa eu viver esse dia, apenas com seus louvores e honras.
Me deixa sonhar que está tudo no seu devido lugar e que todos os pequenos tem escola, que outubro é preparação para as formaturas...
Sou professora. Parabéns a todos os mestres!
Lidamos com a vida, com o ensino, tocamos o futuro com a ponta dos dedos. Entregamos o bem, desafiamos a indignidade, enfrentamos as incertezas, brigamos com a desistência. Somos fadas, salvadoras, eternas gigantes do bem. Saciamos a sede do saber, olhamos além.
Tenho orgulho de dizer SOU PROFESSORA, ADORO SER PROFESSORA, É BOM DEMAIS ENSINAR!
Não me fale hoje dos salários, da violência, do mal.
Deixa eu viver esse dia, apenas com seus louvores e honras.
Me deixa sonhar que está tudo no seu devido lugar e que todos os pequenos tem escola, que outubro é preparação para as formaturas...
Sou professora. Parabéns a todos os mestres!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
triste
Hoje tive uma experiência que me deixou triste e reflexiva.
Estava na creche recolhendo os dados pessoais dos ajudantes de pedreiro, quando pedi que um deles escrevesse seu nome. Ele tentou levar o papel consigo. Pedi que escrevesse perto de mim, e ele simplesmente não conseguiu sequer segurar a caneta. Escreveu um Renato, que não se lia. Pedi o nome todo, ele disse que não sabia escrever. Houve por segundos um constragimeto no ar, as pessoas presentes abaixaram o rosto. Não deviam? Enfim, foi o que aconteceu.
Mais tarde, longe dos demais, vi que ele pintava o muro, concentrado. Fui até ele.
- Quantos anos você tem?
_27
_ E por que você não sabe escrever teu nome? - As palavras golpeavam.
_ Meu pai me tirou da escola.
_ Como você fez para assinar a identidade?
_ Eu não tenho identidade. Nunca tirei.
Palavras como espadas, para se falar e ouvir.
_ Vou te ensinar a escrever teu nome - Foi só que pude dizer - E antes de vc ir embora deste trabalho, vc vai tirar sua identidade.
Entrei na sala, procurei um caderno e escrevi o nome dele, depois sentamos e expliquei como ele deveria treinar. Disse que não era difícil, e que ele aprenderia fácil.
...
Que país é esse, meu Deus?
São muitos assim, sem ler e escrever, tendo ausência da sua identidade, excluídos, separados, marginalizados.
Sei que são muitos, pois trabahei muitos anos como presidente de mesa nas eleições e dezenas e dezenas molham os dedos por não saberem escrever nem o primeiro nome.
É preciso um Brasil mais justo e isso só se dará pela Educação.
Mas quem se importa?
Quem deseja mudança?
Renato de vinte e sete anos, sem identidade, sem saber escrever o próprio nome, pintando os muros de uma instituição educacional pública . Que cena, que contradição.
Não poderia me esconder. Disse a ele:
_ Não tenha vergonha, sou professora, estou aqui pra isso.
Estava na creche recolhendo os dados pessoais dos ajudantes de pedreiro, quando pedi que um deles escrevesse seu nome. Ele tentou levar o papel consigo. Pedi que escrevesse perto de mim, e ele simplesmente não conseguiu sequer segurar a caneta. Escreveu um Renato, que não se lia. Pedi o nome todo, ele disse que não sabia escrever. Houve por segundos um constragimeto no ar, as pessoas presentes abaixaram o rosto. Não deviam? Enfim, foi o que aconteceu.
Mais tarde, longe dos demais, vi que ele pintava o muro, concentrado. Fui até ele.
- Quantos anos você tem?
_27
_ E por que você não sabe escrever teu nome? - As palavras golpeavam.
_ Meu pai me tirou da escola.
_ Como você fez para assinar a identidade?
_ Eu não tenho identidade. Nunca tirei.
Palavras como espadas, para se falar e ouvir.
_ Vou te ensinar a escrever teu nome - Foi só que pude dizer - E antes de vc ir embora deste trabalho, vc vai tirar sua identidade.
Entrei na sala, procurei um caderno e escrevi o nome dele, depois sentamos e expliquei como ele deveria treinar. Disse que não era difícil, e que ele aprenderia fácil.
...
Que país é esse, meu Deus?
São muitos assim, sem ler e escrever, tendo ausência da sua identidade, excluídos, separados, marginalizados.
Sei que são muitos, pois trabahei muitos anos como presidente de mesa nas eleições e dezenas e dezenas molham os dedos por não saberem escrever nem o primeiro nome.
É preciso um Brasil mais justo e isso só se dará pela Educação.
Mas quem se importa?
Quem deseja mudança?
Renato de vinte e sete anos, sem identidade, sem saber escrever o próprio nome, pintando os muros de uma instituição educacional pública . Que cena, que contradição.
Não poderia me esconder. Disse a ele:
_ Não tenha vergonha, sou professora, estou aqui pra isso.
sábado, 10 de outubro de 2009
Primavera também em mim
Disse a uma amiga esta semana: É a primeira vez que percebo a primavera.
É verdade. Consigo notar as árvores floridas em diferentes tonalidades de verde, rosa, roxo , violeta. Cores pinceladas, misturadas. Deus se divertindo com os pincéis nesta enorme tela...
Antes eu não via, não conseguia. Meus olhos estavam vendo outras coisas, muitas delas longe de serem bonitas.
Mas que bom que o foco mudou a tempo, e hoje vejo, logo ali na minha varanda que as rosas desabrocham sem timidez, que as folhinhas nascem todos os dias e só piscar o olho que a planta esta cheia.
O inverno e o outono da minha vida passaram.
Meu coração está renovado de esperanças, minha mente repleta de projetos. Leio, trabalho, sonho...
Hoje, sábado, estou em casa. Está chovendo,e eu estou em paz.
Dormi a tarde, após o almoço que preparei com gosto pra mim e pra meu filho.
Fiz mousse de limão, li livros.
Nada me preocupou, sei que Deus cuida de mim, e está acima de qualquer obra, pessoa, projetos.
Tenho colocado minha vida nas mãos de Deus, pois sei que Ele cuida do meu coração.
Viva a primavera!
É verdade. Consigo notar as árvores floridas em diferentes tonalidades de verde, rosa, roxo , violeta. Cores pinceladas, misturadas. Deus se divertindo com os pincéis nesta enorme tela...
Antes eu não via, não conseguia. Meus olhos estavam vendo outras coisas, muitas delas longe de serem bonitas.
Mas que bom que o foco mudou a tempo, e hoje vejo, logo ali na minha varanda que as rosas desabrocham sem timidez, que as folhinhas nascem todos os dias e só piscar o olho que a planta esta cheia.
O inverno e o outono da minha vida passaram.
Meu coração está renovado de esperanças, minha mente repleta de projetos. Leio, trabalho, sonho...
Hoje, sábado, estou em casa. Está chovendo,e eu estou em paz.
Dormi a tarde, após o almoço que preparei com gosto pra mim e pra meu filho.
Fiz mousse de limão, li livros.
Nada me preocupou, sei que Deus cuida de mim, e está acima de qualquer obra, pessoa, projetos.
Tenho colocado minha vida nas mãos de Deus, pois sei que Ele cuida do meu coração.
Viva a primavera!
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