quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Conto de fadas às avessas

Não era pra eu estar aqui agora, fazendo blogterapia.
Tenho um monte de apostilas pra estudar, tarefas pra fazer, no entanto estou imobilizada pelos acontecimentos do meu dia.
Desnudo aqui sentimentos fortes,  sem códigos, estampo minha alma.
Feridas minhas, abertas, sangrando... líquido de fel, de uma escolha imatura, infantil.

Quem vê face, não olha caráter.
Beijos não revelam intenções.
Palavras não podem ser provadas.

Não sou princesa. Um dia pensei que fosse. Talvez acreditei por ter vivido encapsulada, lendo a bíblia e contos de fada. Vendo filmes inspiradores, respirando um amor que não poderia existir.

Com a vida, levei tombos, levantei-me, ajoelhei, implorei  ,tornei ficar em pé.  Caí,  deitei no asfalto, ri de mim, gargalhei do destino, enlouqueci. Fui má, bruxa, me arrependi. Doce, pura,  maldosa, louca.

Fiz juras que não pude cumprir. Fizeram-me promessas que nem tentaram adiar. Abusei da sorte e do destino. Escancarei.  Céu e inferno na intensidade que é maior que meu corpo poderia suportar.Vivi.

Tentativas talvez. Não sei. Qual o limite entre a persistência e a desistência ?

Fada. Bruxa . Sã e insana.  Mulher. Mulher na minha fragilidade e força.  Princesa do Castelo não fui e aos príncipes nunca fui apresentada. Melhor deixa-Los nas telas de TV e nas páginas dos livros. Pensando bem não queria mesmo um homem todo arrumadinho, falando poesias e em um cavalo Branco.
Melhor são os imperfeitos que como eu atravessam a peregrinação da vida caindo e levantando, errando e acertando em busca de momentos que saciam a sede da existência.
Morte que  espreita as quedas.    Vida que desafia a morte. Não há beijo na boca que desperte do sono, ou que retire do corpo o veneno letal.