sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013 ... Tempo , o vilão?


Tic-Tac ... quase não temos mais relógios que fazem esse som. Mundo e vida digital, com prós e contras,  como tudo nessa vida.

As vezes penso que poderia chorar por horas, mas tenho muita coisa pra fazer, e então deposito as lágrimas em algum lugar da memória, e armazeno para a próxima oportunidade.

Hoje pensei que talvez pudesse fazer isso,  chorar e chorar todo esse nó ,mas resolvi optar por me desmanchar em palavras, na reflexão desse senhor implacável, que insistem em afirmar que somos nós que o governamos.

Faltam 4 dias para o final deste ano. Muita coisa aconteceu no mundo, no país, na vida das pessoas. Crianças nasceram, pessoas morreram, grandes negócios faliram, cidadãos sem nome enriqueceram, tragédias levaram vidas e assolaram cidades. Algumas coisas saíram do plano, outras, do controle.

Eu, particularmente, não cumpri toda a lista que fiz em dezembro de 2013. Errei e acertei nas minhas escolhas, fiz boas amizades, dancei , mas não tanto quanto queria e precisava. Vi amigos, mas não como eu sei que precisava. Estudei, aprendi, amei, me decepcionei, mas também fui muito feliz.

Fazer retrospectiva pode até ser um processo dolorido, dependendo das experiências vividas. Pra quem perdeu alguém amado, pra quem sofreu com doença... Mas a avaliação de todo um ano precisa  ser considerada. Passado não volta, glórias e fracassos, estão lá: na história; Mas podemos aprender com ambos.

Mas, o que fazer com este tempo, que corre louco, parecendo um vilão, inimigo, que nos espelha a incapacidade que temos de lidar com tantas e diferentes situações ao mesmo tempo, nos jogando ao estresse ou depressão?

Que fazer quando o trabalho não terminou, o filho quer o direito ao colo, a mãe idosa requer atenção, o marido cansou de tantas dores de cabeça à noite, e o seu ginecologista se aposentou, passou sua ficha pra um outro médico que você nem sabe o nome?

O que dizer quando você mal se dá conta dos dias, percebe o mês pelo ciclo menstrual , e só conta o tempo pelos presentes das comemorações? O presente da mãe, o ovo de chocolate, a lembrança do pai, o brinquedo da sobrinha do dia da criança, e de novo o chester que prometeu levar à casa da tia...

O tempo nos ameaça. Somos dele, senhores? Se assim procede, a culpa é mesmo minha de não ter visitado meu irmão durante todo esse tempo? De ainda não ter publicado meu livro, e feito o mestrado? A culpa é minha se perdi o aniversário da melhor amiga, e deixei de frequentar a academia? 

Rendo-me ao aceitar que somos sim, responsáveis por muitas coisas. E é bom que sejamos mesmo. daquilo que temos controle. Do controle da agenda, da definição de prioridades, de escolher entre a reunião de trabalho urgente ao filho que acabou de se separar, e precisa desesperadamente de um abraço. Prioridade?Organização de prioridades. 

Sei que não damos conta de tragédias. Chuva, neve, tornados, uma série de fenômenos da natureza que acontecem pelo mundo. Doenças repentinas...  Para as outras questões, acredito que o que precisa ser feito é  viver o presente intensamente , planejando a curto, médio e longo prazo as  prioridades. 

Eu vou fazer mais uma lista... 
Em 2014, quero  menos preocupação com que o outro pensa sobre minhas escolhas e atitudes, e mais interação com meu universo. É tempo de me conhecer mais profundamente.
Quero estabelecer prioridades e superar meus medos. 
Quero aprender a pilotar essa máquina poderosa, que não espera você ficar pronto pra começar sua corrida.
O tempo não espera, nem o choro, nem a vela. 

Em 2014, quero estar perto daqueles que me tem amor, e  de quem eu tenho amor.
A vida pode ser simples e bela.
Quero aprender mais, coisas novas, superar minhas expectativas.
Quero dobrar minha fé.
Quero dançar muito!
Quero  ser ainda mais feliz!