Ok. Ok. Ok.
Convenceram a rabugenta leonina que meu comportamento estava diferente. Que eu chorava pelas coisas mais superficiais, que me envolvia profundamente naquilo que jamais solucionaria. Tentaram por a + b que o resultado era 3 e que eu tinha um limite humano e racional de colaborar com os problemas das pessoas.
Disseram lá e aqui que deitar no chão do trabalho e ficar lá chorando paralisada era no mínimo muito estranho.
Compreendi que por mais que as mágoas que me magoaram fossem justificadas eu não precisava querer morrer por isso.
Resolveram que 2 + 3 = 7 e juraram de pés juntos que eu não precisava me preocupar, que elas mesmas marcariam meu médico, minha clínica, psicóloga, psiquiatra e o diabo a quatro.
Tá. Decidiram. Rute tá maluca! Bom, foi assim que eu li.
Não era porque meu coração palpitava mais forte, ou eu achava que ele tava parando.... nem porque minha Boca só ficava amarga, nem porque minha língua latejava que eu precisava exatamente ser consultada.
Só porque o metro o ônibus estavam mais sem ar que o normal eu precisaria de um médico?
Só porque eu resolvia dar fora em qualquer um.. vivemos dias estressantes, ora bolas! Sabe se lá que é morar na Cidade do Rio de janeiro? Normal normal eu me tremer toda, querer ficar só na cama.
Não é não. Psiquiatra é coisa de gente que baba, fica pelada na rua, espuma, cai tipo eletrocutada pelo meio fio, e fala sozinha com mortos, espíritos sei lá com quem. Bom, eu falo sozinha, mas não é sozinha de verdade, falo com meus 3 cachorros e meu gato. Isso pode né?
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