E assim segui. Case! Casei. Case virgem! Casei. Aguente quieta e seja virtuosa e sábia. Eu tentei. Eu escondi ate de mim a minha infelicidade, a dor de ser humilhada. Eu aceitei. Afinal, eu não tinha o direito de chorar pois me ensinaram que todo cristão era feliz. Então, eu também era. Só não podia compreender tamanha dor num.corpo tão pequeno e numa cabeça cheia de ingenuidade.
Mas não aceitei pra sempre. Comecei a questionar em segredo. Meus olhos foram.abrindo como quando Eva descobriu a maldade.
Sentimentos, dor, dúvida, medo se misturaram.como em um liqüidificador. Eu duvidei da minha humanidade. Temi a Deus e ao diabo. Temi meus pais e a igreja. Tive medo do inferno , suas chamas, seus demônios chifrudos e de rabos cortantes.
Diante das crenças que aprendi e se tornaram minha segunds pele eu ja estava condenada. E minha opção foi aceitar naquele momento a sentença da solidão.
Eu andei só pois não tinha a quem me confessar e pelo que tudo indicava a divindade me deu as costas.
Fui apalpando a escuridão. Encontrei farpas e abraços. O melhor de mim até hoje não foi suficiente para nada que eu tentasse fazer certo . Entrei em Missões pela vida. No meu trabalho dei meu sangue.
Eu errei , politicamente, religiosamente, bem feio ano passado. Eu desisti.
E depois de desistir continuei capengando pelo correto.
Eu errei nas escolhas. Não de propósito. De muitos nuncas farei, fiz. E continuo.
Desisti de inventar a minha árvore protetora. Eu estou por mim.
Meus textos não são auto-ajuda, são desesperos pingados. Morte que se derrama aos poucos, caindo feito pedaços de corpo de Zumbis.
Deu errado. Deu tudo errado.
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