Eu estava em uma reunião, quando ouvi uma mulher dizer a outra: "Se eu pudesse dormia dia dez de dezembro e só acordava dia 3 de janeiro. Odeio o Natal"
Palavras tristes mas que sugerem compreensão. Eu não sei qual marca o natal deixou nela, mas sua história com este momento a deprimi.
Conheço muita gente que não gosta do natal, a maioria das vezes tem a ver com a família, ou com sua ausência.
Tive fases com meus natais.
Quando era criança e adolescente, o natal tinha até cheiro... tinha gosto, tinha o ar do natal... Cresci na igreja e era tempo de treinar músicas, peças teatrais, dia da ceia na igreja, ficar depois do culto ensaiando, tudo ainda feito e revisado detalhadamente por minha mãe, o que deixava tudo ainda mais gostoso.
As vezes, vinham os amigos.
Ficou guardado no coração e na memória. Bons tempos...
Minha mãe sempre enfeitava a casa (ela faz isso até hoje).E ela sempre deixava o presente da gente na nossa cama, de 24 para 25. Sempre.
Não tenho como pensar no natal de forma triste.
Quando me casei, eu era uma criança que pensava que era mulher, e em 13 anos de casada apenas o primeiro natal foi aquele tradicional, de filme americano. Só faltou a neve...
Nos anos seguintes, eu tambem festejava, mas o esposo bebia, e eu não tinha mais minha tradição feliz, o que me machucava...
Quando veio meu filho, tentei dar a ele o que minha mãe e meu pai sempre deram, mas não era igual, porque havia cenas que meu natal não podia conceber.
Depois que me separei, passei a viajar com Vini para hotel fazenda, desses que vem com Papai Noel, Ceia de Natal, presentinhos, árvores e iluminação... Eu gosto, porque ali a gente fica junto e ele se diverte, e acho que isso dará a ele boas lembranças, porque é um hotel que vamos sempre e ele já tem seus amigos.
Esse ano-2010, to um pouco triste, porque talvez não possa ir ao hotel... Uma pena...
Minha mãe continua fazendo peças, ceias e eventos. Uma mulher constante e que não se abala.
Mas tem um presente que Deus me deu que me alegra muito todo natal:
São as crianças da Creche, sua expectativa, sua alegria e emoção. Elas simplesmente ACREDITAM.
Elas vivem o momento da festa com tanta energia, com olhos brilhantes, sorrisos inteiros e ver aqueles rostinhos felizes me dá uma mega carga de energia e eu me sinto realizada na minha profissão, por fazer parte de um mundo de encanto.
Sei que na casa de muitos pequenos, o natal não é feliz, mas na Creche damos a eles nosso amor, carinho e cada abraço e beijinho vale muito!!!!!!
Natal marca sim e muito.
Não sinto mais cheiro de natal, mas está misturado ao meu sangue o poder da influência desta data.
E eu gosto de presentear, de enviar cartinhas e cartões, iluminar minha casa com pisca pisca e abraçar as pessoas.
Consideramos o nascimento de Jesus.
Sua vida foi exemplo de fé, amor, misericórdia, cura, paz e perdão.
Um bom natal a todos.
Que possamos equilibrar nossas emoções e saber agradecer as boas coisas e boas pessoas de nossa vida.
Um comentário:
Nossa! Você devia levar a sério esta história de escritora! Eu leio sempre as colunas dos jornais e vc não fica atrás da Perrissé, Falabela e outros. Adorei ler este seu "artigo" ou "crônica", não sei.
Sinto muita saudade de você e da sua alegria!!! Te desejo tudo o que há de melhor no mundo, na vida... Sinta-se abraçada!
Com amor, Neilda
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