A vida é uma busca incessante, um processo sem fim, um nado , uma corrida, um desespero...
Talvez não consiga expressar a força dos meus sentimentos nas frases aqui contidas.
A madrugada e a solidão me inspiram, ainda assim, sinto que as palavras trancafiadas em minhas emoções, resistem a liberdade.
Pois bem, seguem as palavras que se permitem:
Sou intensa, nada faço sem paixão. Minha vida é movida pela força dos meus desejos, no trabalho, na amizade, na arte, no amor. A razão, esse norte que se prega, acaba se tornando secundário. O sangue fervendo , a sede pela realização do sucesso dos projetos, o sonho que borbulha desesperado pra se tornar real movem meu corpo , alma e espirito.
Nada faço sem vontade.
Quando acordo, é para vida que me levanto.
No entanto, tamanha intensidade nas emoções e no desejo me cegam. O subjetivo dos sonhos bloqueia as decisões sãs, e quando percebo, a vida não sucedeu conforme o esperado.
Quero a vida que pulsa, o choro convulsivo, a inteireza dos sentimentos, a força incontrolável da paixão, o amor que arrebata.
Sou uma mulher inteira, e busco pela plenitude.
Quero o olho no olho, o sorriso que não tem medo de se mostrar, o abraço trocando suor, o beijo que enebria...
Quero a amizade que não se esconde, o amor que não tem medo, o sexo que não se envergonha.
Quem pode definir a quantidade de horas que ainda sobreviveremos?
Qual o controle que temos sobre as tempestades que devastam, ou que poder temos de prolongar a brisa que refresca?
Nossos poderes limitam-se ao desejo e ao esforço de nossas próprias atitudes.
Por mais intensa que seja nossa energia, o outro é sempre o outro e o alcance a ele, limitado.
Resta-nos então, a capacidade de gerir com equilíbrio a vida que se encaixa no corpo que habitamos.
Confesso que isto me falta - equilíbrio.
Desequilibro.
Quando quero, muito quero.
Quando rejeito, não tem volta.
Quando desejo , sou fogo, mas se desprezo , é eterno.
Como escrevi, nem sempre consigo colocar em ordem as palavras que definem o que sinto.
A madrugada silenciosa faz gritar os pensamentos. Correm soltos, desorganizados, desencontrados como um recreio de adolescentes.
Queria a calma de um longo abraço; esta intensidade me agita, e o desequilibro das emoções sussurram maldades.
Queria pousar a cabeça na segurança de um amor pleno...
Se aquiete alma, se aquiete.
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