domingo, 18 de dezembro de 2011

Domingo - um dia especial

Acordei há uns dez minutos, me aconcheguei na cama, como se fosse retornar ao sono . Despertei para o domingo que se esconde por trás das minhas cortinas fechadas; ele está lá fora esperando que eu levante para a vida. 

Eu gosto de domingo, mas não foi sempre assim.



Passado fica, mas é bom espiarmos o que nos machucou e fez crescer. É bom lembrar que a superação é possível, e que o sol costuma voltar, mesmo depois das maiores tempestades. 

Não me incomoda falar para o mundo , expor algumas de minhas misérias superadas, e que irremediavelmente marcaram minha vida pra sempre.

Hoje é domingo, e a paz em mim é completa. Acordei com meu filho ao meu lado, e me alegra saber que ele terá um dia feliz. 

Dramas e tragédias acontecem na vida das pessoas: dentro de seus lares acontecem as dores da alma, e quem de fora contempla o edifício bem montado, as cortinas belas e a música que sai de lá, não imagina o texto e o contexto, as linhas e a música verdadeiras.

Há tempos  em que o som que toca na rua, ou que ouvimos no carro ou até na balada é rock, é samba, mas dentro do corpo, no sangue, correndo nas veias a melancolia é a  nota solitária, que ainda sendo sussurro, abafa qualquer alegria.



Em meu lar, temia os domingos e a alma atormentada, monitorava os segundos das horas eternas. Tinha medo,  inquietação de alma, respostas que a juventude não me dava, e eu não tinha coragem de perguntar a ninguém.

A dor era o meu segredo, pois o sorriso sempre me acompanhou. Dom meu. A alma explodia, o nó dilacerava a garganta, mas meu sorriso permanecia. Por dentro, esvaziamento.

A gente confunde, erra, pensa que é amor. Esse texto conta a  minha história, de  um tempo longo ,de uma parceria que não deu certo e me cegou para as demais belezas da vida... a preocupação com o próximo instante , o medo tão forte que perdeu a razão de ser.

Temia os meus domingos. Neste temor, por um tempo me esqueci.



São os desencontros inerentes à passagem nesta vida breve... Nossa peregrinação não vem com manual de instrução, no entanto, adversidades tem o poder de nos transformar em fênix.




Alguém pode perguntar sobre os outros seis dias da semana: eles eram abafados pela correria dos trabalhos , da pressa , da falta de tempo para reflexão. Domingo era o dia do nada, que a pressa não tinha de quê se apressar, e os segundos se arrastavam numa tristeza fina. Quem pela rua passasse, e ouvisse o som do rádio, o cheiro que a comida exalava, nem de longe imaginava o universo interior de quem na casa estava.
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Contei aqui alguns retalhos  de uma vida a dois. Sou orgulhosa por ter vencido minhas limitações e superado meus medos.  Sou hoje, uma mulher melhor. 


Ainda estou deitada, em paz, 
e apesar do dia lá fora estar nublado, sou sol.



Acho que chove... logo tomarei meu café e encararei este dia. 
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Sobre a música, há uma suave tocando  dentro de mim. 
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Falo de paz, pois a conheço e vivi seu avesso.
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Domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta e sábado de bem com vida, dona de mim, sorrindo por dentro e pronta para encarar a vida.


Dias difíceis fazem parte, mas não podem ser eternos.
Capriche no amor que tem por si mesmo.
Use a razão.

Quem ama de verdade, faz o outro feliz,
Amor é parceria, não prisão.
Amor é liberdade, e esta é a beleza do amor, a escolha de conectar almas por decisão, mesmo que as portas estejam abertas, você quer estar ali.

Amor antes de tudo é a paz.



Sou feliz. 
Já tem um bom tempo que meus domingos são assim... gostosos, aconchegantes... 
Sol ou chuva, meu sorriso tá aqui , nos lábios e no coração. 


Hoje é domingo, abra as janelas do coração, há uma vida linda, cheia de música, natureza e sorrisos verdadeiros esperando cada um de nós.



Bom domingo!!!!



Um comentário:

PROJETO PÉ DE VENTO - ALFABETIZAÇÃO DIGITAL disse...

Amiga fiquei emocionada com o que escreveu, é a mais pura verdade, você é especial e o seu sol brilhará sempre, mesmo nos dias nublados e de chuva.
Te adorooo.....