segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O sopro do bem


"Expresse suas idéias online" é o que diz o blogger... Não sei se poderia expressá-las realmente.



Há uma camada grossa que esconde um monte de sentimentos que precisam ficar quietinhos, como poeiras de uma casa velha. Se começar a varrer, uma nuvem de poeira se espalha e o ambiente fica turvo.



Sempre escrevi. Hoje mostrei à minha mãe meu primeiro caderno de adolescente, e o que escondia, hoje li... Para ela, uma revelação. 

A intenção foi mostrar que adolescentes sofrem com suas idéias, mudanças, questionamentos... Queria, na verdade revelar que tinha problemas, e que meu filho, adolescente de 14 anos, passa também a fase de encontro com suas questões.  Claro,a gente sofre, mas são  passagens, rituais inevitáveis da vida, e que não adianta criar um tsunami, deixa estar a tempestade...

Eu não poderia aqui, desvendar a alma, revelá-la do avesso porque o mundo pede o que Cazuza cantava: "mentiras sinceras me interessam,", sem contar que as pessoas julgam sem misericórdia.

Raro me fazerem perder a calma,  raríssimo, o que talvez fosse melhor, pois quando silencio, é de fato difícil que eu volte a me pronunciar. Não me orgulho disso, mas quando meu coração esfria, não há sol que o aqueça.



Costumo escrever quando a alma já não suporta o peso dos pensamentos, e é preciso que eu os derrame, e tenho feito isso aqui. As palavras jorram e a alma fica mais leve.

Quando é que a dor termina? 

Sou corajosa e enfrento meus desafios. Olho pra dor e a ignoro, pois não sei o que fazer dela. Deixo-a no canto, mas como um fio de extensão atravessado pela sala, ela me faz tropeçar quando menos espero.

Tropeço e sigo em frente.

A cama , o edredom e as cortinas fechadas transformam-se em tentações. Deitar, cobrir meu corpo até a cabeça, fechar os olhos e alimentar o escuro... Mas reajo. Se a tristeza, enquanto diabinho que diz "desiste" sopra em um de meus ouvidos,  no outro, anjos brilhantes me despertam para a beleza das cores, das flores, das crianças.   E assim, não me deixo vencer pela dor.

Sim, a poeirinha está lá, deitada e quieta. A dor em seu canto espreita, faz brotar lágrimas, mas a força divina me mantém em pé.

Desafios são vencidos todos os dias, quebro barreiras e não perco meu sorriso, nem meu humor.

Problemas existem para serem solucionados, e é o que tenho procurado fazer.



Não é fácil, necessita de dose dupla de resistência e tripla de equilíbrio emocional, mas isso eu tenho. Pois meu cobertor tem a quentura necessária para o meu frio...


2 comentários:

Neilda, Rioeduca - 8ª CRE disse...

Imagens e textos que levam à reflexão! Como te conheço a tempos, sei da intensidade de suas palavras e sentimentos... "Meu Bolo também não cresceu!"
Talvez não tenhamos feito a coisa certa, sem querer! A intenção era acertar, mas se o bolo não cresceu, erramos na escolha dos ingredientes... Uma nova tentativa seria a solução? Não sei... muitas vezes mudo o foco dos meus pensamentos para diminuir a frustração...

Neilda, Rioeduca - 8ª CRE disse...

Hoje passei por aqui! Estou virando fã! Rsrr